LUIZ PAGANO – Histórico & Projetos

Luiz Pagano: Explorador da Identidade Brasileira e Promotor da Transformação

Luiz Pagano é um artista conceitual que dedica seu trabalho a explorar a identidade brasileira e valorizar a riqueza cultural e as tradições do Brasil. Embora suas frentes de trabalho, como TUPI POP, CAUIM TIAKAU, HERÓIS DA BRUZUNDANGA e Blemya, abordem conceitos e temas diversos, há um ponto comum em seu trabalho: a busca por exaltar a singularidade do Brasil. Em cada um desses projetos, Pagano destaca e valoriza aspectos únicos da cultura brasileira. Ele combina elementos da cultura pop com referências às tradições indígenas, utiliza a sátira política como forma de expressão e até mesmo cria um mundo utópico. Seu objetivo é promover a apreciação e o entendimento da cultura brasileira, além de abordar questões sociais e políticas presentes na sociedade brasileira. Através da representação de Blemya, Pagano personifica o Brasil frente aos outros países do mundo. Para ele, Blemya representa o povo brasileiro, que muitas vezes é percebido como diferente e até assustador pelos olhos do resto do mundo. No entanto, Pagano enxerga essa diferença como uma oportunidade de transformação. Blemya, na visão de Pagano, é retratado como um ser evoluído, em perfeita harmonia entre intuição e ciência, com o coração próximo ao cérebro. Essa representação simbólica ilustra a capacidade do povo brasileiro de unir elementos emocionais e racionais, integrando sabedoria intuitiva e conhecimento científico. Ao ressignificar a percepção do Brasil, Pagano busca mostrar que o país possui potencial para alcançar uma evolução social, cultural e científica harmoniosa. Sua visão artística desafia estereótipos e destaca a habilidade do Brasil em integrar diferentes aspectos e perspectivas, buscando construir um futuro melhor. Luiz Pagano é um explorador da identidade brasileira, um defensor da riqueza cultural e das tradições do Brasil. Através de sua arte, ele promove a valorização do país e estimula a transformação, convidando-nos a repensar nossas percepções e a abraçar a diversidade como um caminho para um futuro mais brilhante e promissor.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Toy Art - Orixás

Oxalá, Oxum, Iansã, Exu Ogum, Xangô e Oxossi em Toy Art

ASSIM NASCEU O CANDOMBLÉ


Candomblé é uma religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás (a saber), Voduns ( dos Bantus é o mesmo Vudu cultuado no Haiti), Nkisis (originário do povo Kimbundu no norte de Angola) dependendo da nação.


Culto de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. Diferente de como acontecia na África onde estes orixás eram cultuados independentemente em cada nação, aqui no Brasil o culto sofreu uma junção em decorrência da importação de escravos onde, agrupados nas senzalas nomeavam um zelador de santo também conhecido como babalorixá.

Assim como nos horóscopos, todas as pessoas tem orixás que regem a sua vida; os orixás de cabeça ou orixás de frente, a energia básica, fundamental de um individuo e o orixá ‘Ajuntó’ de características mais sutis, que ameniza o caráter do orixá de cabeça.

Para entender mais como o candomblé é tido no Brasil conheça a lenda yorubá (povo Nigério-Congolês) que explica o nascimento dos orixás e do próprio candomblé:

No começo não havia separação entre o Orum, o Céu dos orixás, e o Aiê, a Terra dos humanos.

Homens e divindades iam e vinham, coabitando e dividindo vidas e aventuras.

Conta-se que, quando o Orum fazia limite com o Aiê, um ser humano tocou o Orum com as mãos sujas.

O céu imaculado do Orixá fora conspurcado.

O branco imaculado de Obatalá se perdera.

Oxalá foi reclamar a Olorum.

Olorum, Senhor do Céu, Deus Supremo, irado com a sujeira, o desperdício e a displicência dos mortais, soprou enfurecido seu sopro divino e separou para sempre o Céu da Terra.

Assim, o Orum separou-se do mundo dos homens e nenhum homem poderia ir ao Orum e retornar de lá com vida. E os orixás também não podiam vir à Terra com seus corpos. Agora havia o mundo dos homens e o dos orixás, separados. Isoladas dos humanos habitantes do Aiê, as divindades entristeceram.

Os orixás tinham saudades de suas peripécias entre os humanos e andavam tristes e amuados.

Foram queixar-se com Olodumare, que acabou consentindo que os orixás pudessem vez por outra retornar à Terra.

Para isso, entretanto, teriam que tomar o corpo material de seus devotos.

Foi a condição imposta por Olodumare.

Oxum, que antes gostava de vir à Terra brincar com as mulheres, dividindo com elas sua formosura e vaidade, ensinando-lhes feitiços de adorável sedução e irresistível encanto, recebeu de Olorum um novo encargo:

preparar os mortais para receberem em seus corpos os orixás.

Oxum fez oferendas a Exu para propiciar sua delicada missão.

De seu sucesso dependia a alegria dos seus irmãos e amigos orixás.

Veio ao Aiê e juntou as mulheres à sua volta, banhou seus corpos com ervas preciosas, cortou seus cabelos, raspou suas cabeças, pintou seus corpos.

Pintou suas cabeças com pintinhas brancas, como as pintas das penas da conquém, como as penas da galinha-d’angola. Vestiu-as com belíssimos panos e fartos laços, enfeitou-as com jóias e coroas.

O ori, a cabeça, ela adornou ainda com a pena ecodidé, pluma vermelha, rara e misteriosa do papagaio-da-costa. Nas mãos as fez levar abebés, espadas, cetros, e nos pulsos, dúzias de dourados indés.

O colo cobriu com voltas e voltas de coloridas contas e múltiplas fieiras de búzios, cerâmicas e corais.

Na cabeça pôs um cone feito de manteiga de ori, finas ervas e obi mascado, com todo condimento de que gostam os orixás.

Esse oxo atrairia o orixá ao ori da iniciada e o orixá não tinha como se enganar em seu retorno ao Aiê.

Finalmente as pequenas esposas estavam feitas, estavam prontas, e estavam odara.

As iaôs eram as noivas mais bonitas que a vaidade de Oxum conseguia imaginar. Estavam prontas para os deuses.

Os orixás agora tinham seus cavalos, podiam retornar com segurança ao Aiê, podiam cavalgar o corpo das devotas.

Os humanos faziam oferendas aos orixás, convidando-os à Terra, aos corpos das iaôs.

Então os orixás vinham e tomavam seus cavalos.

E, enquanto os homens tocavam seus tambores, vibrando os batás e agogôs, soando os xequerês e adjás, enquanto os homens cantavam e davam vivas e aplaudiam, convidando todos os humanos iniciados para a roda do xirê, os orixás dançavam e dançavam e dançavam.

Os orixás podiam de novo conviver com os mortais.

Os orixás estavam felizes.

Na roda das feitas, no corpo das iaôs,

eles dançavam e dançavam e dançavam.

Estava inventado o candomblé.

Pai de Santo ao centro em frente ao altar, músicos da esquerda para a direita Agogo, Xequerê, Rum, Rumpi e Lé. Freqüentadores a esquerda e orixás na roda de Candomblé: -Exú, Ogum, Oxossi, Xangô, Oxum e Iansã e Oxalá.

Na mitologia Yorubá, há menção de mais de 600 orixás primários, divididos em duas classes, aproximadamente 400 dos Irun do Orun ("céu") Imole e 200 Igbá Imole da Aiye ("Terra").

Estes grupos ainda se dividem em os orixás Funfun (brancos, que vestem branco, como Oxalá e Orunmilá), e os orixás Dudu (pretos, que vestem outras cores, como Obaluayê e Xangô).

Saiba um pouco mais dos orixás mais conhecidos:



Toy Art - Exú Orixá


Exu
É o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento (associado a figura de Mercúrio ou Hermes)
É ele quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, seja plenamente realizada.
As saudações de Exu são - Laroyê exú! (yorubá)   ou ainda, Exú é mojubá!
“Saudação amiga à Exú” ; móju (viver à noite) bá (armar emboscada) -  “Exú gosta de viver a noite, sempre capaz de armar emboscadas”.;


Toy Art - Ogum Orixá

Ogum
O senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra.
Era o filho mais velho de Oduduwa e de Obatalá, o casal primordial e propulsor da criação, os fundadores de Ifé, a antiga cidade Yoruba no sudoeste da Nigéria onde atribui-se o nascimento da lenda dos candomblé.
Associado a São Jorge e a Marte ou Ares
Saudação de Ogum é - Patakori Ogun! (yorubá)  ou ainda, Ogunhê! (brado que representa o força de Ogun) pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça!;
Toy Art - Oxalá Orixá



Oxalá
É o Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço (chamado Oxaguian, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ejionile) e velho (chamado Oxalufan e identificado pelo odu ofun e ejiokô).
A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul; a de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.
Sua saudação é ÈPA BÀBÁ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do panteão africano. Simboliza a paz, é o pai maior nas nações das religiões de tradição africana. É calmo, sereno, pacificador; é o criador e, portanto, é respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertencem os olhos que vêem tudo;
Toy Art - Oxum Orixá
Oxum
Na religião yoruba, é uma orixá que reina sobre a água doce dos rios, o amor, a intimidade, a beleza, a riqueza e a diplomacia. No candomblé. Oxum é dona do ouro e da nação ijexá.
O seu nome deriva do Rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de ijexá e Ijebu.
Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Toy Art - Oxossi Orixá



Oxossi
É o orixá da caça e da fartura. Pierre Verger, em seu livro Orixás, diz que o culto de Oxóssi foi praticamente extinto na região de Ketu, na Iorubalândia, uma vez que a maioria de seus sacerdotes foram escravizados, tendo sido enviados à força para o Novo Mundo ou mortos.
Aqueles que permaneceram em Ketu deixaram de cultuá-lo por não se lembrarem mais como realizar os ritos apropriados ou por passarem a cultuar outras divindades.
Saudações de Oxossi são - Okê arô! (yorubá)
Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) – Salve o grande Caçador!.
Toy Art - Xangô Orixá

Xangô
No seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos.
Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun
Para saudar Xangô diz-se - Kawô Kabiecile! (yorubá)
Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real!.
Toy Art - Iansã Orixá

Iansã
Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará.
No candomblé a cor utilizada para representá-la é o marrom, ainda que seja mais identificada com a cor Rosa ou o dourado. No Brasil houve uma grande distorção com relação as suas regências e origens.
Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos vento e as águas, sendo mulher de Xangô, o senhor dos raios e tempestades.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente a incumbência recebida como guia dos mortos.
Em Salvador, Oyá ou Iansã é sincretizada com Santa Bárbara;
Toy Art - Obaluayê Orixá


Obaluaye
Obaluaye em iorubá Obaluàyé é traduzido por (rei e senhor da terra), Oba (rei) aiyê (terra), Obaluaiyê, Obaluaê, Xapanã, também é conhecido como (Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos.
Tem como emblema o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais.
Para saudar Obaluaye - Atoto! (yorubá)
Atoto (Silêncio) – Silêncio! Ele está entre nós!
Toy Art - Iemanjá Orixá

Yemanjá
Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja, Iemanjá ou Yemoja é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes"), no Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras e até por membros de religiões distintas.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar".
Yemanjá é saudada como - Odô-fe-iaba! (yorubá)   ou ainda, Odô iá!
Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas) !

4 comentários:

Renê Artes disse...

qual o valor da unidade... .
muito lindo,parabéns.
Renê Carvalho.

Renê Artes disse...

Muito lindo.
Amei.
Valor da unidade... .
abraços e Axé.

Cassia Cyrino disse...

Como posso comprar?

Luiz Pagano disse...

Para adquirir o seu, entre em contato com luizpagano@blemya.com